PBN Sul é tema de reunião do DECEA com as companhias aéreas
A implementação da Navegação Baseada em Performance (PBN) na área de controle terminal Sul, que abrange o domínio do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II) foi tema de reunião do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) com as companhias aéreas.
O evento aconteceu no auditório do Subdepartamento de Operações (SDOP), no dia 19 de agosto, quando o Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA) apresentou a reestruturação do espaço aéreo das áreas de controle terminal de Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre.
O Coronel Luiz Ricardo de Souza Nascimento, adjunto do SDOP, presidiu a reunião, acompanhado do Coronel Aviador Augusto Cesar de Souza Trindade e do Tenente-Coronel Marcelo Lima Pinheiro, diretor interino e chefe da Divisão de Operações do ICA, respectivamente, além de outros militares do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), ligados à implementação do PBN Sul.
Na abertura, o Coronel Luiz Ricardo agradeceu a presença dos representantes da Appa (Associação dos Pilotos e Proprietários de Aeronaves), da Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas), da GE do Brasil e das companhias aéreas Lam/Tam, Gol Linhas Aéreas, Avianca e Azul. “Estamos aqui reunidos para conversar e discutir o que queremos em função do espaço aéreo brasileiro. A presença de vocês aqui é muito importante porque são usuários do nosso serviço e entendem as divergências e as limitações da implementação de um projeto como o PBN. Desejamos que isso tenha menos impacto e, para tanto, precisamos ouvir as necessidades das companhias aéreas. O nosso dever é aplicar bem os recursos humanos e financeiros para gerar o melhor produto, mas precisamos da ajuda dos senhores para fazer bem o que deve ser realizado em prol do usuário do transporte aéreo e do meio ambiente”.
Logo depois, o diretor interino do ICA disse que a reunião era um evento pioneiro, pois teria a oportunidade de ouvir os clientes: “O foco deste encontro é dar oportunidade de interação com os nossos usuários. Precisamos ouvir suas opiniões e suas críticas’”.
Em seguida, o Major Aviador Ricardo da Silva Miranda, adjunto da Divisão de Operações do ICA e coordenador da implementação do PBN Sul, apresentou ao público os futuros procedimentos de chegadas, saídas e aproximações, operacionalizados e baseados no conceito PBN, integrados à rede de rotas.
Inserido no Programa Sirius, que reúne um conjunto de empreendimentos agrupados em diferentes áreas, a implementação do PBN Sul, assim como o PBN RJ/SP (já em ação), está ligado ao gerenciamento de tráfego aéreo e, consequentemente, à otimização da estrutura da rede de rotas ATS (serviços de tráfego aéreo).
De acordo com o coordenador, com a efetivação do PBN Sul os efeitos prejudiciais da aviação ao meio ambiente vão diminuir, assim como aumentar a integração do planejamento do espaço aéreo sob jurisdição do Brasil com os demais países da região da América do Sul e Caribe (CAR/SAM).
No roteiro da apresentação, o Major Ricardo elencou a metodologia aplicada tanto no planejamento quanto na evolução por blocos do sistema de aviação (ASBU). O coordenador citou ainda, a importância das lições aprendidas com a execução do PBN RJ/SP como metodologia aplicada, assim como a gerência de projetos e a Carta de Bogotá. Deu ênfase, também, às atribuições e responsabilidades das organizações envolvidas no planejamento do espaço aéreo, na elaboração, modificação e revisão de procedimentos de navegação aérea e na produção da informação aeronáutica.
Em seguida, os integrantes do CGNA tiveram a oportunidade de esclarecer algumas questões apresentadas pelos representantes das associações e empresas aéreas, principalmente no que se refere ao apoio dos projetos AFTM (gerência de fluxo de tráfego aéreo) e FUA ( uso flexível do espaço aéreo) no desenvolvimento de suas atividades, de forma coordenada à implementação do PBN Sul.
Outro assunto apresentado foi a criação do GEPNA, o grupo de espaço aéreo e procedimentos de navegação aérea formado por diversos profissionais especialistas em meio ambiente, controle de tráfego aéreo, inspeção em voo, gerenciamento de fluxo de tráfego aéreo, aprovação de aeronaves e operadores, gerenciamento de tráfego aéreo, comunicações, navegação e vigilância; pilotos técnicos; engenheiros de operações de empresas aéreas; operadoras aeroportuárias; técnicos em simulação de controle de tráfego aéreo (ATC – tempo real e acelerado) e outros usuários do espaço aéreo.
A parte da tarde ficou reservada para que as empresas e associações se pronunciassem sobre suas expectativas e apresentassem suas sugestões e necessidades.
Assessoria de Comunicação Social do DECEA
Daisy Meireles – daisydsm@decea.gov.br
Fotos: Luiz Eduardo Perez e Fábio Maciel
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