Operação SAR Offshore é destaque em evento no CINDACTA II
Só em 2013, mais de um milhão e trezentos mil passageiros usaram o transporte aéreo para acessar as inúmeras plataformas marítimas de exploração de petróleo e gás nas cercanias do litoral brasileiro. Localizadas em média a cerca de 300 km da costa, essas plataformas deverão aumentar em quantidade nos próximos anos com a evolução da exploração da “camada Pré-Sal” que abrange uma área de 144 Km2.
O crescente movimento aéreo na região, porém, acompanha as necessidades de manutenção da eficácia das operações aéreas e, sobretudo, da segurança dos passageiros. Neste contexto, o serviço de Busca e Salvamento, gerenciado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), é uma atividade cujo apoio, aprimoramento e empenho nessas regiões são de vital importância para o País.
Oportunamente, o Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), por meio de sua Subdivisão de Busca e Salvamento, promoveu nos dias 5 e 6 de novembro, um evento especialmente dedicado ao assunto: o Primeiro Simpósio de Busca e Salvamento – Incidentes Offshore.
Na ocasião, foram debatidos os principais desafios concernentes às operações SAR (acrônimo inglês para Busca e Salvamento) na faixa offshore brasileira onde estão situadas as bacias petrolíferas e duas infraestruturas de exploração. Para o coordenador do evento, chefe da Subdivisão de Busca e Salvamento do CINDACTA II, Capitão Aviador Bruno Olimpio de Morais Strafacci, esse é o momento ideal para a realização de um evento desse porte voltado ao assunto: “Planejamos um evento para trazer a comunidade internacional que já presta este tipo de serviço de uma forma muito eficiente. Nós, obviamente, já prestamos este serviço há muito tempo, mas com o Pré-Sal, sabemos que a logística para a exploração do petróleo irá crescer bastante e nós, como nação, o que inclui nossa infraestrutura, indústria e, do mesmo modo, a Busca e Salvamento, precisamos crescer junto, buscando sempre a excelência nesse serviço pelo próprio respeito à salvaguarda da vida humana”, afirmou o oficial.
O evento reuniu profissionais envolvidos com a Busca e Salvamento de todo Brasil e do mundo e dispôs de palestrantes da Força Aérea Brasileira, Petrobrás, United States Coast Guard, da fabricante de helicópteros anglo-italiana Augusta Westland e das organizações canadenses Justice Institute of British Columbia, Joint Rescue Coordination Centre – Halifax e CHC Helicopter’s.
Dentre os assuntos abordados, foram debatidas questões relativas às logísticas da exploração do petróleo em águas profundas, às operações de resgate em massa, às operações de busca e salvamento offshore, aos incidentes sobre o mar, ao futuro da atividade SAR, dentre outros.
Ao longo do evento, os participantes também participaram de atividades paralelas às palestras. Bússolas, luzes químicas, mantas térmicas, desmineralizadores de água, pacotes de ração de sobrevivência e outros objetos foram expostos junto a kits de sobrevivência e outros equipamentos utilizados pelos profissionais da atividade de Busca e Salvamento. Na exposição, instalada numa tenda anexa ao auditório, seus usos e funcionamento eram explicados pelos militares à medida que os convidados aguardavam o reinício dos debates nos intervalos para o Coffee Break. Em uma visita guiada à aeronave C-105, adaptada às necessidades SAR, conheceram os procedimentos para busca de sobreviventes, sobre o mar e terra, durante voos com esse objetivo. No Centro de Controle de Área de Curitiba (ACC-CW) observaram o trabalho dos controladores de tráfego aéreo em tempo real e dos demais profissionais envolvidos nas atividades do ACC, como Meteorologia Aeronáutica e Serviço Informações Aeronáuticas, por exemplo.
Para o comandante do CINDACTA II, Coronel Aviador José Vagner Vital, o empenho para a realização deste simpósio poderá gerar muitos frutos, dentre eles, a realização regular desses encontros. “É um momento importante para troca de ideias, essencial para o espírito de decisão colaborativa. Nós nos sentimos honrados por termos sidos escolhidos pelo DECEA para sediar este evento e gratos pelo apoio do Subdepartamento de Operações do órgão central, que é o setor responsável pela gestão da atividade no País (…) no que depender de nós, pretendemos realizar o evento novamente, se for possível, no ano que vem ou mesmo anualmente”, declarou o comandante.
Assessoria de Comunicação Social do DECEA
Daniel Marinho – (Contato-Imprensa)
Fotos: Fábio Maciel